segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Quando o passado se mistura com o presente

Mas não gostava daquela situação. Não mesmo. Tomar decisões sozinho é bom, mas quando se tem um outro ponto de vista avaliando a mesma decisão, é bem melhor. Sentia-se frustrado. Frustrado, aborrecido, cansado, sobrecarregado, pressionado, irritado... E o pior de tudo: sentia-se perdido. Mas estava sobrevivendo. Era como se tivesse feito uma obra prima de cartas de baralho, com vários andares e detalhes, digna de uma exposição e a única coisa que os outros viam era uma simples junção de duas cartas. Normal. Nem sempre – na verdade, quase nunca – todo esforço é reconhecido.

-

p.s.: Esse texto foi escrito e postado em 2012, mas se faz TÃO presente na minha vida agora, que fui obrigada a postar novamente.

domingo, 5 de abril de 2015

Durante 5, quase 6, anos a vida de um alguém muda completamente, e como as nossas mudaram durante esse tempo todo. Mudam os sonhos, as preocupações, os amores, as motivações e tantas outra coisas. Nesses anos fomos de adolescentes a mulheres quase feitas, de veterinárias a psicólogas, de escritoras a engenheiras, e eu já morei em mais de três cidades. Fizemos intercâmbios, conhecemos tantas pessoas diferentes umas que tiveram uma curta passagem nas nossas vidas e outras que jamais serão esquecidas, mudamos nossa forma de pensar, nossa forma de agir e encarar o mundo... e de repente eu nem entendo muita coisa escrita nos primeiros posts desse blog.

Mas, para mim, o mais incrível é como algumas coisas não mudaram. 

De alguma forma eu ainda consigo me ver em cada post e lembrar de tantas coisas que me marcaram e me fizeram escrever aqui. E essa nostalgia me faz muito bem. Mesmo 5 anos depois as pessoas continuam tão difíceis de entender (e parece que quanto mais velhas, mais complicadas), e como pensar sobre Deus, a vida e essas coisas complicadas continua uma tarefa árdua e incrível. No final, eu sou a mesma pessoa dramática, meio disléxica, que não tem muita paciência para redes sociais, que ama dormir acima de tudo e aquele cara que eu queria tanto do meu lado desde os meus 15 anos (mesmo ele tendo mudado de nome, jeito, e endereço algumas vezes nesses últimos anos) ainda não está onde eu gostaria...

O que me deixa feliz é pensar que nos últimos anos tantos problemas e situações que pareciam totalmente impossíveis simplesmente ficaram para traz. Tantas tristezas, provas de física que pareciam torturantes, aquele carinha incrível na verdade era um idiota de quem eu quase não me lembro. Ver como tudo isso passou me dá esperança.

O que os textos também me mostram é o que eu quero levar para os próximos 100 anos da minha vida... a capacidade de sentir cada emoção momentânea, rir de cada bobagem, sofrer quando necessário, sempre levantar após da queda e nunca perder a fé nas pessoas. Mas acima de tudo o que esse blog me lembra é de levar aqueles que valem a pena, aqueles marcam a nossa história de alguma maneira, de maneiras boas e as vezes de maneiras nem tão boas assim... mas aquelas pessoas que nós consideramos autenticas, aquelas que nós aprendemos a amar não importa que não exista um motivo, pessoas como vcs, Bruna e Joy.